Picadinho (para Aletéia) com fregola sarda e ovo mole
(Querid@s leitor@s, ando sumida eu sei. Recebi muitas mensagens fofas de preocupação e quero dizer que está tudo bem por aqui, só trabalho demais! Logo retomo ao ritmo normal de postagens com várias novidades e receitas lindas como a de hoje. Beijocas!)
Foi a Téia, minha prima, quem pediu a receita de picadinho, essa receita portanto, vai de presente prá ela que faz aniversário amanhã! :)
Disse que tentou fazer algumas vezes sem êxito e pediu uma receita fácil, que ela conseguisse executar. Até aí, simples, picadinho é fácil de fazer, mas queria servir de outra maneira que não fosse com arroz branco. Aí me lembrei da versão do Astor que eu adoro, eles servem com espaguete e um ovo mole por cima.
Eu estava justamente pensando nesse picadinho quando a Iris me convidou para uma degustação de vinhos italianos na Rua do Alecrim, e foi lá que encontrei essa fregola sarda, que já tinha visto em NY mas não tinha experimentado. Trouxe prá casa e testei fazer com o picadinho e ficou perfeita!
Moral da história: não são apenas as pessoas que chegam na hora exata onde estão sendo esperadas… ingredientes também!
Delícia que você confere agora!
receita
Picadinho com fregola sarda e ovo mole
Ingredientes – 2 porções
Quando cozidas, essas pequenas bolinhas de massa ficam com textura parecida com tapioca, uma delícia que não vai faltar mais na minha dispensa. Combinadas com o picadinho puxado no vinho e a gema mole do ovo que untou lindamente a parada, unindo todos os elementos, ficou de comer de joelhos… tanto que repeti no finde friozinho no cafofo praiano.
- 300g de contra filé cortado em cubinhos mínimos (manter a gordura)
- 4colheres de sopa de manteiga sem sal
- 1 colheres (sopa) de cebola brunoise (cunos mínimos)
- 1 colher (sopa) de talos de salsinha
- 1 colher (sopa) pimenta dedo de moça picadinha
- Salsinha para polvilhar
- 1 tomate sem pele e sem sementes em cubinhos mínimos também
- 1/2 cálice de vinho tinto seco
- 2 xícaras de fregola sarda
- 2 ovos
- sal e pimenta do reino a gosto
Modo de fazer
PICADINHO – Derreta metade da manteiga e doure a carne com uma pitada de sal. Retire a carne da panela.
Junte a cebola e os talos de salsinha e deixe que suem. Acrescente o tomate, deixe que mude de cor.
Volte com a carne para a panela, misture bem ao refogadinho de cebola e tomate.
A panela estará com uma rapa marrom da carne e do refogado, acrescente o vinho e com ele “roube” a rapa da panela. Deixe ferver para evaporar o álcool.
Acrescente 1/2 xícara de água e deixe cozinhar e reduzir, até ter um molho grosso.
Polvilhe com a pimenta e salsinha.
FREGOLA – Cozinhe a fregola sarda em água abundante e sal (como outras massas) por cerca de 15 minutos.
OVOS – Frite os ovos no restante da manteiga sem sal.
Montagem
Sirva em pratos fundos com a fregola por baixo, uma porção generosa de picadinho e no topo o ovo de gema mole, salpicado de pimenta do reino e queijo parmesão ralado na hora para completar!
Bom apetite com gostinho de hummmmmmm!!!
PS- Curtiu a fregola? A Maria Capai do Diga Maria, também publicou ontem uma receita deliciosa com ela. Corre lá!
Harmoniza com…
para beber
por
marcelo pedro
Em verdade, um super vinho merece muitas vezes ser degustado sozinho, no máximo com um bom pão, afinal ele deve ser a estrela a brilhar. Mas para quem quer beber vinho cotidianamente, hábito muito saudável, a ideia é que vinho para cozinhar não pode ser o mais barato, genérico, ou seja lá o que chamam de vinho para cozinhar em super mercados! O vinho bom do dia a dia deve ser o mesmo que você vai utilizar na receita, certo?
Bem, os picadinhos da Léti eu já conheço e sou fã, assim como o do Astor, com ovo mole em cima. A novidade foi a massa, que nunca tinha comido, a fregola sarda. Pois como já falei, o vinho que utilizar para o picadinho, deverá ser o vinho que melhor harmonizará com o prato. Pode ser um varietal chileno ou argentino, cabernet sauvignon, merlot, carmenère. Uma linha que eu acho particularmente de bom custo/qualidade é a linha Carmen Classic, da chilena Viña Carmen.
Já provei o cabernet sauvignon e o carmenère, e são muito bons, prontos para beber, sem necessidade de guarda com custo ao redor de R$30.00. Ou seja, são ótimos vinhos cotidianos e não fazem feio mesmo se for um almoço ou jantar mais sofisticado. Outra boa opção seria um vinho português menos rústico, sem tanto tanino, como um bom e tradicional Dão. Aí vc vai precisar da ajuda de um bom vendedor, pois há vinhos com esta denominação muito ruins, sem alma, e outros que são excepcionais, talvez até demais pra uma degustação cotidiana.
Ah, e vcs me perguntariam por que não um vinho da Sardenha, já que a a massa de hoje é sarda. Porque eu preciso pesquisar e degustar vinhos sardos antes, mas irei me esforçar nestas férias!
para ouvir
por
marina novaes
Das coisas mais gostosas da vida, o acaso está na minha lista de preferidas. Eu adoro imaginar que tem coisas que acontecem como se fossem mágicas! Meu irmão me falou que é uma forma de eu me enganar. Eu não discordo totalmente, porque tenho um quê esotérico (“se eu sou algo incompreensível, meu deus é mais”) e de ver sentido nas coisas, mas não dou bola.
Este papo badaueira todo para falar que a música que harmoniza com o picadinho com fregola sarda e ovo mole é Uma Vida, do Dom Salvador & Abolição.
Dom Salvador, é daqueles que arrasam na gringolândia, e tem pouca visibilidade por aqui, apesar de ter plantado a sementinha do Black Rio, movimento em plena ditadura, que trouxe um groove para a juventude negra carioca, que no meio de tanta repressão se expressavam através da arte de forma harmoniosa e pacífica. Abolição é a super banda que ele participou nos anos 70.
Uma Vida é uma música muito astral. A Elis Regina fez uma versão “daquelas”, afinal o acaso deve ter trabalhado para que ela gravasse, já que é a cara dela. Na minha licença maternidade, eu a ouvia todos os dias, celebrando a vida e o amor, e tudo que chega na hora exata onde estão sendo esperadas!