Mão na massa – Garfo & Foco
E para encerrar a semana gelada e chuvosa com chave de ouro, nosso primeiro post do projeto Garfo & Foco:
Essa sessão está guardada desde outubro. É especial porque fizemos no dia do meu aniversário, e alem da Gabi, a Marinits estava aqui em casa, foi uma delícia de dia, esplendoroso!
Decidimos fotografar massas. Gabi adora massas, acha um bom desafio fotográfico e eu queria registrar o passo a passo (que na minha opinião tem que ser visual).
Mas também queria passar com a produção o clima que para mim sempre vem junto com fazer a própria massa: de casa, descontração e compartilhamento – que na verdade envolve qualquer comida aconchegante como uma boa massa. Como o dia estava lindo, luz perfeita para fotografar ao ar livre, montei o pré preparo nas mesas de madeira sob a pérgola, para que o jardim ficasse como pano de fundo.
Eu acho muito bacana fazer a própria massa e embora possa parecer um processo trabalhoso à primeira vista, depois que a gente pega o jeito faz uma massinha fresca rapidinho, em especial se for para duas, no máximo 4 pessoas. É vapt-vupt!
É um preparo muito sensorial. Você tem que perceber, sentir na ponta dos dedos, observar a cor, a textura para saber se está com a quantidade certa de ovos, farinha, se a sova foi suficiente… mas isso não é bicho de sete cabeças não, logo a gente pega a manha e vai embora – mesmo porque, você vai sentir a bichinha na palma da mão, não tem erro.
Massa caseira com ovos
Quanto?
A proporção de farinha e ovos é variável. Eu costumo usar 1 ovo para cada 100g de farinha e um ovo extra que digo que é para a mistura geral.
Assim, para 400g de farinha eu uso 5 ovos – se a massa ficar muito grudenta eu acerto o ponto com mais farinha, mas em geral essa proporção funciona bem.
Para as farinhas eu costumo usar 50 g da de grano duro para cada 100 g da farinha de trigo comum. Se o tempo está mais seco, eu diminuo um bocadinho a farinha de grano duro.
Como?
Eu faço massa preferencialmente sobre madeira, ela garante que a massa respire.
Nesta sessão eu trabalhei diretamente sobre a mesa de madeira (que eu lavei e passei álcool antes), formando um “vulcão” com a mistura das farinhas (branca e de grano duro).
No meio do vulcão eu quebrei os ovos e misturei com os dedos, incorporando aos poucos a farinha, até formar uma bola lisa de massa. Aí é a hora da sova, que garante uma massa lisa e maleável e braços fortes e tonificados!
Depois de sovada a massa eu costumo guardá-la sob um pano de prato úmido, garantindo assim que ela não resseque durante o processo de passar na máquina e cortar.
Eu passo na máquina até a espessura mais fina, gosto de massa fininha, delicada, sei que muita gente gosta mais grossa, para sentir no dente – é uma questão de preferência, que se ajusta ao gosto do frequês.
Durante o processo de abrir e cortar a massa é importante ir enfarinhando a mesa e as tiras de massa, isso evita que a massa grude e você perca o trabalho.
Eu costumo polvilhar uma segunda mesa com farinha onde vou depositando os ninhos de massa durante a produção.
Depois é só escolher seu molho preferido para acompanhar, um vinhozinho, um chamego…
Se você quer saber sobre as fotografias desta sessão, acesse o DiaPositivo, lá a Gabi vai dar dicas preciosas sobre fotografar massas.