Caminho de Cora Coralina – Infraestrutura
Como já dissemos, a infraestrutura do Caminho de Cora ainda é pequena, mas está se expandindo pouco a pouco a medida que as pessoas e comunidades envolvidas vão se apropriando do projeto.
Marcações do caminho
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As marcações estão bem feitas, indicando o caminho. O problema é que são feitas em sua grande maioria direto em arvores, pedras, sujeitas as intempéries do cerrado (queimadas, chuvas, seca), o que demanda uma trabalho de reforço permanente, nem sempre possível com a frequência que deveria ter.
Nesse relato vamos indicar os trechos que estão sem sinalização que identificamos, e já nos comprometemos com o Bismarque a ajudar sempre com a marcação.
O código das marcações é o seguinte:
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Pegada preta com fundo amarelo: sentido Corumbá-Goiás
Pegada amarela com fundo preto: sentido Goiás Corumbá
Quando não tem a pegada, em geral as pequenas árvores e galhos (mais finos) são pintados com anéis amarelos e pretos, indicando ser o caminho certo.
Nas bifurcações e cruzamentos, além das marcações indicando o caminho correto, em geral tem um X marcando o caminho errado, indicando que vc deve voltar.
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A grande dica para não se perder, é: se passar mais de um quilometro sem ver nenhuma marcação, pare, repense, se for necessário volte um pouco para ter certeza de que não saiu da trilha.
Placas com poesia e bancos
No projeto do Bismarque, a cada 5Km teria uma placa com um trecho da poesia de Cora, colocado sob uma sombra e junto a placa um banco, para que os peregrinos possam descansar.
As placas foram colocadas e algumas foram vandalizadas e retiradas. Os bancos ainda estão no sonho, infelizmente. Seriam muito bem vindos, já que quando a gente para pra descansar, a única opção são os barrancos rsrsrs, que vamos confessar, acabam virando confortáveis poltronas depois de alguns dias.
A mesma dificuldade tivemos para fazer piqueniques no caminho, se tivessem os bancos facilitariam muito com nosso lanchinho. Quem sabe um dia, né!?
Resgate
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Além do corpo de bombeiros nas cidades maiores (Corumbá, Cocalzinho, Pirenópolis, Jaraguá, Goiás) e a guarda do Parque dos Pireneus, não existe uma estrutura oficial de resgate para os caminhantes que tiverem problemas durante o percurso.
Porém existe – e funciona muito bem – a estrutura informal, que é acionando a pessoa de referência do pouso.
No trecho até Radiolândia, nossas companheiras de percurso estavam muito cansadas e desistiram nos 7km finais. Chamamos o Tiago pelo celular e ele prontamente veio resgatá-las enquanto seguimos andando, quando chegamos no pouso as danadas já estavam pimponas de banho tomado, só esperando a gente pra comer.
Ouvimos relatos semelhantes do Bismarque e do Quinzinho, que também resgataram hospedes que se perderam ou tiveram problemas durante o caminho. Tiago inclusive se prontificou a nos ajudar com qualquer problema que tivéssemos a partir de Radiolândia. Era só chamar.
Grande parte do Caminho tem sinal de internet, em especial o trecho das fazendas e sítios (um pouco menos no trecho do Parque dos Pireneus), assim, antes de sair é importante que todos tenham um telefone de referencia próximo (no caso, o pouso) salvo nos celulares. Assim facilita acionar em caso de necessidade.
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Importante também destacar que a recomendação é que o Caminho seja feito em pelo menos 3 pessoas, assim em caso de acidente uma das pessoas fica com o acidentado e a outra sai em busca de ajuda ou sinal de celular. Nunca faça o Caminho sozinho, nem esse nem nenhum outro, é sempre arriscado.